domingo, 27 de novembro de 2011

SÁBADO - Louca por música ao vivo!

Tive uma bela noite de sono. Enfim, encontrei um jeito confortável para dormir: agora uso uma almofada bem pequena como travesseiro, apenas. Tenho acordado apenas uma vez por noite.

Estou com uma vontade enorme de sair à noite, ouvir boa música ao vivo. Se eu não estivesse com essa boca amarrada, iria ao Morrison hoje, para cantar MUUUUIIIITOOOOO!
Uma sexta-feira antes da cirurgia, o Junior chamou para irmos a um show cover do KISS, no Manifesto. Foi uma pena não ter dado certo, desde então fiquei com vontade de ver um bom show.

Por falar em vontades, o cardápio é sempre muito variado e caprichado aqui na minha mãe. Eu já esperava passar vontade de comer um monte de coisas em minha estadia aqui, mas, na real sabe qual é a única coisa que sinto falta de comer: ALFACE! A Vivi, que almoça em casa comigo, sabe o quanto eu gosto de alface e babo por um bom prato de salada. Ainda não tive vontade de comer outras coisas.

Ah. hoje tive uma vontade estranha sim. Minha mãe havia feito polenta com molho à bolonhesa por cima. O cheirinho daquele molho me deu idéias. À noite, fui até a dispensa, peguei uma lata de molho de tomate, bati no liquidificador, coei e coloquei na sopa que já estava pronta. Coloquei uma colherzinha de açucar e huuuuuuummmmmmm...Mandei 2 copos! Ficou melhor do que eu esperava, muito bom mesmo.

Ainda não sinto a parte interna do nariz e o queixo. Sinto as bochechas, mas ainda não consigo movimentá-las, por isso aparento estar séria, mesmo quando estou dando risada.
O rosto está trabalhando sozinho. Quando ele para, repito os exercícios 3 ou 4 vezes e já é o suficiente para que ele possa voltar ao trabalho sem o meu comando.

Vamos lá, rumo a terça-feira!

Não vejo a hora de tirar os elásticos para poder cantar normalmente.

sábado, 26 de novembro de 2011

Dia de sair sozinha!

Depois de ficar dentro de casa por 3 dias, me dedicando aos exercícios quase que em tempo integral, hoje vou dar uma volta.

Encontrei a Renata, a Vivis e o fui até o trabalho. Muito bom rever todo mundo, poder conversar é algo fantástico!

A Lu veio aqui em casa e ficamos conversando até 10 e pouco da noite.



Pode não parecer, mas eu estava me matando de rir nessa foto. É que o rosto ainda não acompanha as atitudes.
Pelo menos agora, no espelho, já consigo ver o meu olhar dentro dos olhos desse desconhecido rosto, já sinto estou aqui, de volta.

Sobre a alimentação, comecei a notar diferença no meu paladar. A princípio, pensei que o Periogard tiraria o paladar, como acontece, no geral, quando você usa-o por mais de 10 dias seguidos, mas não tirou, e estou percebendo os sabores de uma forma ressaltada, por exemplo: a sopa parece estar muito temperada, o iogurte e os sucos parecem estar doces demais e tenho uma sede que não acaba nunca.
As únicas coisas que agradam o meu paladar é o shake e o gatorade, que são bem suaves.
A relação com a a água tem sido difícil e é o único líquido que me faz engasgar, Quando eu olho um copo de água eu sempre esqueço da minha condição e acabo virando de uma vez, ou seja, sempre me molho e molho todo o chão. É tão ruim ter uma sede absurda e ter que ficar bebendo de gole em gole, nesse ponto o elástico atrapalha bastante, mas agora falta pouco para tirar, só mais 3 dias.

Um grande diferencial que pude ir notando ao longo do dia foi a diminuição do inchaço, pela primeira vez. A cada hora que passava, era notória a diferença, inclusive no lábio superior, onde há muitos pontos por dentro.

Eu movimentei tanto o rosto durante o dia, que à noite ele repetia os movimentos sem o meu comando. E antes de dormir, eu já sentia quase toda a parte interna do lábio superior, assim como comecei a sentir também os cortes ocasionados pelo atrito entre gengiva inchada e os ferros do aparelho.

Quando deitei, exausta, senti que teria uma boa noite de sono. Comecei pensar em tudo o que fiz durante o dia, nas pessoas que eu vi, na minha recuperação que tem sido ótima para quem operou apenas há 11 dias e, inevitavelmente, eu comecei a chorar, chorar muito e de alegria. É inexplicável a sensação de poder fazer coisas simples do cotidiano, como sair sozinha, conversar, beber sem babar....ZZZzzzzzzzzz

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Quinta e Breja...peraí, não é isso não. Quinta e VOLTEI A FALAR!!!

Felizmente, tive uma ótima noite!

Acordei apenas 2 vezes durante a noite, mas apenas para beber água.

De manhã, às 7hs, despertei e a primeira coisa que faço sempre é testar os movimentos do rosto para calcular o tamanho do progresso. Tudo na mais perfeita ordem. Os movimentos da boca voltaram, já estou conseguindo falar!!!

Aí eu já cantei, já dei um bom dia em alto e bom som e recebi uma carga enorme de ânimo com essa retomada.

A sensação de ter os músculos paralisados deve ser como passar uma camada de gesso no rosto e depois tentar movê-lo apenas com os movimentos da face. Só que, o gesso fica em apenas uma camada do rosto, na superfície, e o que eu sentia era a paralisação em vários níveis da pele. Assim, quando faço os exercícios faciais, eu sinto que estou me livrando (do gesso) da "paralisia" em cada nível, e isso é diferenciado pela intensidade da dormência. Cada nível da pele tem uma dormência diferente, até chegar na mais leve e mais rápida, que é quando eu sei que aquela parte do rosto está prestes a voltar (se soltar). Essa dormência pesa.
Quando eu saí da cirurgia, ainda no hospital, e até domingo passado, eu sentia um grande peso na boca, como se tivessem 5kg de ferro pendurados. Conforme os movimentos foram voltando, o rosto foi ficando mais leve.
Hoje, o que eu senti quando acordei, é que nenhuma parte do meu rosto estava sendo repuxada. Ainda há partes dormentes e sem movimento, mas elas não me incomodam como ainda incomodavam as partes que estavam imóveis ontem. As partes que voltaram eram as que eu precisava para voltar a falar. Embora ainda esteja com as arcadas amarradas em posição de mordida, estou igual a qualquer pessoa que tentar se comunicar ao mesmo tempo em que simula uma mordida (faça o teste!).

Aproveitei para ligar para várias pessoas, ouvir vozes familiares porque isso vai me dando força para eu me recuperar logo.

Bom dia a todos!!!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Quarta-Feira - e um novo vídeo

Às 3 da manhã, eu já conseguia sentir a parte interna da boca.
Estava radiante, mas preocupada por não ter dormido como deveria.
Eu tentei apenas deixar o corpo fazer o seu trabalho, mas não resiste e fiquei fazendo os exercícios também, e pode não parecer, mas cansa. Tem que colocar muita força para "descolar" as partes que estão atrofiadas e eu já estava exausta quando comecei a sentir uma tontura bem forte, como se o teto estivesse rodando bem forte e quando eu forçava os músculos do rosto, eu sentia também o meu corpo girar ao redor dele mesmo, eu tentava abrir o olho, sabia que estava acordada, mas não conseguia. Repeti a tentativa várias vezes, até que abri os olhos e continuei me sentindo tonta. Achei isso muito esquisito.
Não sei, mas acho que isso deve ter alguma relação com a anestesia geral.

Levantei para higienizar o nariz e depois tentei dormir um pouco mais.

Não foi fácil pegar no sono e é claro que não descansei, assim como não aconteceu o que eu imaginava, de acordo com todos os movimentos recuperados, o que eu estava pensando?

Acordei mal disposta, com uma leve dor de cabeça e sem ânimo. Fiquei assim o dia todo.

Tomei café com leite e fui tomar banho.

O planejamento de hoje era passar o dia lá na Tia Mirian, mas eu estava cansada demais para sair de casa. Até pensei em dormir um pouco durante o dia pra ver se ficaria bem, mas depois acabei mudando de idéia para não prejudicar também a noite entre quarta e quinta-feira.

Preparei o shake e depois de 2 horas eu tomei um copo de suco de pêssego.

Hoje, a minha mãe preparou uma sopa muito boa, com cenoura. Bebi 2 copos no horário do almoço e + 2 copos depois de 2 horas.

Continuei com os exercícios, agora, de uma forma menos obcecada.

Hoje, foi um dia parado.

Nada além de: alimentar, higienizar e exercitar.

Boa noite!

Terça feira, sua linda!

Durmi maravilhosamente bem!

Acordei a primeira vez às 4hs e já me sentia descansada.
Para a minha sorte, após higienizar o nariz, consegui deitar e pegar no sono novamente. Levantei às 8hs.

Hoje, desde o começo do dia já dou de cara com várias mudanças:

1ª respiração -  a nova condição, de estar com as arcadas amarradas, me obriga a respirar corretamente, ou seja, pelo nariz. Isso ocasionou o aparecimentos de novos coágulos de sangue que estão saindo pelo nariz. Cheguei a pensar que seria necessário ficar novamente com o curativo "bigode", que eu mantive no começo para não ter que higienizar o nariz a cada 5 minutos. Mas, não foi necessário. Apenas tive que aumentar o número de vezes que passo o Afrin e dedicar um pouco mais de tempo limpando com soro, saiu bastante coágulo, isso é muito bom! Eu tenho um estranho prazer ao ficar tirando todas essas coisas do nariz, quanto antes tudo isso sair, melhor é.

2ª forma de me alimentar - eu já havia comentado com a minha mãe sobre o incômodo que eu sentia ao ficar fazendo barulho ao tomar sopa. E ela disse: Isso é inevitável nesse fase, pare de se estressar com isso.
Mas, eu sempre dava um jeito de iniciar o meu almoço antes do almoço de todo mundo, discretamente, para que ninguém presenciasse os meus barulhos e as "babadas" que naturalmente escapam quando não se tem o movimentos dos lábios. Por isso, desde o hospital, eu já usava um espelho redondo que mostra todo o meu rosto e me dá a idéia do que estou fazendo, e continuo usando.
Bem, agora, que não consigo mais usar colher ou canudo, acabaram também os barulhos, para o meu alívio!
Uso apenas, um guardanapo perto dos lábios para não escorrer nenhum líquido no copo quando eu estiver bebendo. O processo agora é simples, mas tive que aprender: encaixo a boca do copo na parte interna do lábio inferior, e aos poucos vou inclinando o copo para que o líquido chegue perto dos elásticos, aí é só sugar o líquido para dentro.

Na noite passada, eu percebi que o fato de estar respirando melhor me ajudou a ter uma boa noite de sono.
De toda forma, tenho mantido o umidificador de ar ligada em algum período do dia e durante a noite toda.

A mudança para a sala também foi bem positiva, assim não fico preocupada em acordar alguém quando levanto durante a noite.

Comecei o dia tomando um delicioso café com leite. Fui tomar banho e depois preparei o shake.

Até o horário do almoço, tomei um copo de suco de pêssego (olha como estou me esforçando!) e um copo de Ades.

Para o almoço, uma deliciosa sopa fresquinha, preparada pela mamis. Tomei 4 copos rsrs

À tarde, tomei café com leite de novo, depois um copo de iogurte (quem diria?)

Tomei outra sopa deliciosa à noite.

Hoje foi o dia dos exercícios faciais



repeti o exercício do beijo dia inteiro, até enquanto assistia TV e por voltas das 20hs, veio a minha grande alegria: recuperei o movimento dos lábios!!!
Eu fiquei extremamente feliz e animada. Porque era o resultado de mais de uma semana de exercícios sem ter obtido resultado algum.
A parte interna da boca e tudo o que tem envolta dos lábios, continua imóvel, mas não por muito tempo.
Eu estava conversando com a Vivi, pelo google talk, quando isso aconteceu e continuei conversando com ela até que, cerca de 30 minutos depois, o meu rosto começou a me mexer com se eu estivesse fazendo os exercícios, e eu não estava, como se o meu corpo também tivesse se animado com os resultados e resolveu também fazer a sua parte, mesmo sem o meu incentivo.

Fui deitar por volta das 00:00hs, liguei o umidificador e deitei confortavelmente.

Eu tinha o exemplo de noites ruins e de uma noite maravilhosa que tive ontem, quando fui dormir cedo, em silêncio total.
Mas, é óbvio que a idéia de continuar fazendo os exercícios e amanhecer com os movimentos totalmente recuperados, não saía da minha cabeça. O rosto ainda se mexia, como se as células dançassem sob a minha pele.

Eu fechei os olhos e tentei simplesmente dormir, mas...

Primeira avaliação pós cirurgia, em Araras-SP

Depois de assistir Deja Vu, assisti Sob Medida, um desenho, até que já estava inquieta de novo. Levantei e fiquei um pouco na internet. Era quase 4 e meia da manhã.

Tentei me manter calma, voltei para o quarto e consegui dormir até às 6:30hs, quando levantamos para ir à Araras, na primeira consulta pós cirurgia, com o Dr. Claudio.
Eu e minha mãe saímos de casa já quase 8hs, com o humor nas alturas.
Antes de chegar na rodoviária, faltando menos de 10 minutos para a partida do ônibus, pedi a ela o RG para que eu pudesse sair correndo do metro para comprar as nossas passagens e encontrá-la depois para corrermos até a plataforma. Se perdermos o ônibus das 9:10hs, o próximo sairia apenas às 11hs. Para nossa surpresa, minha mãe tinha esquecido o RG em casa. Peguei o cartão do idoso dela, que tem foto e o número do RG e consegui comprar a passagem. Saí tão correndo, tão desesperada para não perder o ônibus nem olhei para trás, penseri que ela estava me seguindo. Fui conversar com o motorista, explicando a falta de documento, apelei e disse que tinha uma cirurgia marcada em Araras, etc etc etc...enfim, o fiscal liberou. Mas, cade a minha mãe?

 Já tinha dado o horário do ônibus sair, o motorista me olhando e eu ligando pra minha mãe. Coitada! Eu saí correndo, ela não conseguiu me acompanhar, passou da plataforma onde eu estava, até que fomos conversando por telefone até ela me ver.

Embarcamos com um pouco de atraso, mas deu tudo certo!

A viagem dura um pouco mais do que 2 horas e eu não consegui dormir nem 1 hora. Chegamos bem, fomos almoçar no Paladar, um restaurante muito gostoso que tem na cidade e eu consegui encontrar boas comidinhas.

Peguei feijão, batata cozida com molho de tomate, creme de milho e suffle de cenoura. Amassei tudo e consegui comer com uma colher. Foi a primera vez que comi fora de casa.

Eu tinha levado o shake (suplemento alimentar em pó) e pedi à moça do restaurante para bater com 1 copo de leite. Ela voltou curiosa para saber o que era, disse que o pessoal da cozinha gostou do cheiro.

É estranho ver todo mundo te olhando. Estou bem inchada ainda e isso chama atenção na rua, por mais que esteja entre pessoas que eu não conheço, é fácil saber que há algo diferente comigo pelo tamanho que estão minhas bochechas e meus lábios. A moça do restaurante, enquanto fui fazer a higienização do nariz e boca no banheiro, foi perguntar à minha mãe se eu tinha sofrido algum acidente.

Chegamos no Claudio e ficamos esperando ele chegar. Enquanto isso, tentei falar com a minha amiga Simone e não consegui. Fui chamada até a sala e quando Claudio entrou nos comprimentamos com entusiasmo. Quantas vezes estive naquele consultório, falando sobre a cirurgia, fazendo mil perguntas, ouvindo recomendações e de repente estávamos ali, 1 semana depois da realização do procedimento.

Ele disse que a cirurgia foi um sucesso!

Disse que hoje vai prender as minhas arcadas, com elásticos e que ficarei assim por 1 semana, quando deverei encontrar o Dr. Leandro para retirada dos mesmos. Aí, na outra semana eu devo voltar à Araras para nova consulta.



Foi engraçado o Claudio falando dizendo que não devo ter medo tocar no local onde foram colocados os pinos, que não devo ter medo de pegar na minha bochecha, de apertar, de puxar, ele até deu uns tapinhas no rosto enquanto dizia: Tá vendo? Não tem nada de errado aqui, está tudo ótimo! Não precisa ter medo nenhum. Daqui pra frente é vida normal, sem receios.
Falei sobre a dificuldade para dormir, sobre o antibiótico que acabou e perguntei se já posso usar a bicicleta ergométrica. Ele disse que não devo evitar ficar na cama durante o dia, que preciso andar e me movimentar normalmente para estar cansada à noite. Disse que não precisa comprar mais antibiótico, e consequentemente, devo redobrar os cuidados com a higiene para que não tenha nenhum risco de infeccionar a região dos pontos. Sobre a bicicleta ergométrica, ele disse que ainda não devo fazer esse tipo de atividade, apenas porque essa semana terei uma dieta 100% líquida, visto que é a única coisa que vai passar pelos diversos elásticos que prendem a minha arcada (não passa nem canudo fino) e meu corpo não terá reserva de energia para gastar com essas práticas, devo apenas caminhar, por enquanto.

O Claudio reforçou a importância do exercício de mandar beijo (peixinho) para exercitar a musculatura que precisa ser recuperada. O Lê já tinha me falado isso antes da alta do hospital e eu estava fazendo os exercícios, mas eu tinha conseguido evoluir bem pouco. Quando eu fazia o exercício, sentia repuxar dos 2 lados e fiquem com medo de estourar algum ponto. No domingo de manhã, o lado esquerdo deixou de puxar e eu pensei que tinha estourado algum pontooo, aí comecei a fazer o exercício com menos força.

Mas, agora, a prioridade é diferente. Essa nova condição de estar com a boca amarrada, me força a fazer os exercícios até por uma necessidade de comunicação, porque eu estava conseguindo falar já, mas agora, com as arcadas amarradas, sem os movimentos da boca e com os lábios inchados, minha boca fica totalmente fechada, me obrigando a respirar 100% pelo nariz. Nessa hora eu lembrei de uma palestra que assisti de uma fonoaudiólogo, onde ela dizia que as pessoas não sabem respirar, que é preciso cerca de 2 meses para ensinar uma pessoa a respirar da forma correta. Com essa nova situação, eu vi como eu respirava pela boca e poderia ter feito o tratamento com a fono antes. Enfim, agora, tenho um nariz que precisa ser higienizado o tempo todo devido, inclusive para retirada de cóagulos de sangue que ainda saem. OLha a situação do ser! Me sinto muito sufocada e por isso vou fazer os exercícios com toda a força (já que o Claudio disse que os movimentos estão liberados) e vou repetí-los incansavelmente, o dia todo.

Minha meta é ter recuperado toda essa musculatura até terça-feira que vem, quando tirarei os elásticos, e poder sair falando normalmente de lá.

Quanto ao riso, ou melhor, à minha gargalhada que é alvo de preocupação, ela vai ter que esperar mais um pouco. Ainda não dá pra abrir 2 metros de boca, como costumo fazer, para rir.

Voltando da sala do Claudio, encontro minha mãe dormindo na recepção hahahahahahahahahaha
Não me aguentei! Chamei a secretária para mostrar e começamos a dar risada. Eu, toda atrapalhada ainda, tentando descobrir como é que se ri com a boca amarrada e um nariz entupido, sem morrer.

Acordei a minha mãe, ela chamou o táxi, porque eu não consigo falar nada nada nada, e eu fui tentar beber água.
Agora, não tem mais canudo. Tem que ser no copo e eu ainda não sinto os lábios, então não é tão fácil conseguir beber algo sem me molhar, olhando pra minha mãe então, é impossível!!!! Oh God, por que ela é tão palhaça!
Molhei todo o chão e não conseguia parar de rir.
Tente imaginar essa cena, uma pessoa:
- sem os movimentos do rosto, do nariz pra baixo;
- com as arcadas amarradas na posição de mordida
- boca fechada
Agora imaginem esse ser dando risada. Você olha e não tem expressão, não há nenhum sinal de alegria, nada. Aí não tem som de risada porque a boca está fechada. Concluí que estou rindo com a respiração, só me resta o ar. Depois, não quer as pessoas olhem!!! Como não achar isso curioso?

Ainda na recepção, esperando o táxi chegar, enchi a garrafa de água e a fechei. Depois eu tento beber, longe da minha mãe.
O Sr. Luis chegou e ficou assustado. Ele já tinha ficado pasmo quando me viu toda inchada, e achou um absurdo enorme essa novidade da 'boca' amarrada afgora, ele disse: Que horror! Por que ele fez isso? Eu tentei responder, mas ele não entendeu nada do que eu disse, claro! E isso o deixou ainda mais horrorizado. Eu acho tanta graça nessas coisas, a cara que ele fazia quando me olhada era impagável.
Nisso, vi que tinha ligação perdida da Simone e do Douglas, eles saíram de São Paulo hoje, de carro, rumo à Olinda-PE. Eu tinha sugerido tentarmos nos encontrar em Araras, já que era caminho deles, aí queria falar com a Simone pra saber onde ela estava. Quem disse que eu consegui me fazer entender. A Simone  não deve ter entendido nada, coitada. Desliguei e mandei uma mensagem, mas pelo o que ela tinha dito, já sabia que não conseguiríamos nos ver, uma pena!

Chegando na rodoviária, o Sr. Luis me desejou melhoras e fui comprar as passagens de volta. Para a nossa surpresa, não achei o cartão do idoso, único documento que minha mãe tinha. Consegui comprar as passagens, mesmo fazendo apenas gestos e respondendo sim ou não à moça do guichê. Ainda era 14:30hs e o próximo ônibus sai somente às 16hs.
Fui ao banheiro para higienizar o nariz e ir pensando no que faria para embarcar a minha mãe, desta vez, sem documento nenhum.

Cheguei no banheiro e o nariz estava cheio de sangue seco e eu pensei: Nossa, eu preciso parar de rir. Só tenho o nariz para respirar e se ele ficar entupido de sangue assim, com a minha gargalhada respiratória ou respiração gargalhada, vou ficar sem ar!

Terminei a higienização do nariz, voltei ao guichê e resolvi escrever um bilhete à moça que me vendeu às passagens, porque ela, assim como o Sr. Luis e a Sissa, também não entenderia se eu tentasse me comunicar falando.


A moça me direcionou para o guardar, ele também leu este bilhete, disse que eu teria que registrar um boletim de ocorrência, fez um monte de perguntas e depois: Ela sabe o número do RG de cor? Eu: Claro! (que não). Aí ele disse: Ah! Não tem problema não, é uma viagem curta. Se der problema na hora de entrar no ônibus, você pode me chamar aqui.

Ufa! Relaxada com isso, voltei e convidei a minha mãe para comer a melhor empada que já comi em toda a minha vida. É claro que desta vez eu não poderia comer, mas ela sim. Ela achou lugar longe (fica um pouco depois do restaurante Paladar, onde almoçamos, é uma lanchonete do Supermercado Delta, acho que chama Empada Brasil, tem em vários lugares), mas ela ficou preocupada com o horário de saída do ônibus e disse para deixar pra lá. Eu voltei ao banheiro para higienizar o nariz (esse cheiro de álcool com eucalipto também está me enjoando) e depois fui direto comprar as empadas, que a minha mãe adorou!

Já no ônibus, mas ainda na rodoviária de Araras, a minha mãe estava com graça de novo. Eu pedi para ela parar, várias vezes, mas nada adiantou porque ela para, mas o jeito que ela fica parada eu sei que ela está querendo rir e está louca pra fazer outra piada, só esperando o momento. Quando eu percebi, já estava fazendo dando a gargalhada respiratória de novo. Ri até cansar. Ela a minha mãe ficou preocupada uma hora, aí eu falei: Vai sentar longe de mim, vai! Quando peguei o espelho, meu nariz estava cheio de sangue seco por dentro, olha o perigo!

Seguimos viagem. Eu, que na ida tentei dormir, agora fiz questão de me manter acordada, preciso seguir a orientação do Dr. Claudio de não dormir durante o dia para estar cansada à noite.

Já em São Paulo, por volta das 19:30hs, comprei mais cotonete e algumas coisinhas para beber: gatorade, nescau pronto e bebidas à base de soja.

Hoje, decidi dormir na sala. Não quero mais ficar no quarto da minha mãe e correr o risco de acordá-la caso eu tenha insônia novamente. Conversei com o meu padrasto, que tinha me cedido o lugar dele na cama da minha mamis e trocamos de lugar.

Posicionei o travesseiro na posição que a minha prima, Fátima, havia me orientado e simplesmente desmaiei antes das 23hs.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Domingão

A noite de sexta para sábado, foi péssima!

Todo jeito que tentei dormir causava umas pontadas fortes, igual a dor de ouvido e logo me faziam voltar para a posição sentada. No rosto, ainda sinto choques aleatórios, dormência que vai alternando a intensidade e o local, sei que isso é um bom sinal de recuperação, mas às vezes estou quase dormindo quando sinto um desses choques e desperto novamente.

Tomei o antibiótico da meia-noite, e não consegui dormir de jeito nenhum.
O gosto desse remédio está me causando enjoo.
Estou irritada!

Assisti várias coisas na TV, depois desliguei a TV pra ver se em silêncio seria mais fácil, mas não foi. Levantei mil vezes.
Depois de um tempo, a dor na direção do ouvido parou de aparecer apenas quando eu deitava e passou a doer direto. Como estou na casa da minha mãe, dormindo no quarto dela, ela acaba acordando também várias vezes durante a noite, por causa da minha insônia. Essa preocupação por estar incomodando-a, a irritação por ter sono e não conseguir dormir, a dor, o enjoo que o remédio causa, tudo isso foi me deixando descontrolada e eu segurei para não começar a chorar de novo, como na noite passada. Consegui dormir depois de tomar o antibiótico das 6hs. Despertei algumas vezes, mas consegui dormir de novo e levantei da cama às 11hs. Tomei café com leite e fui tomar banho.

Ainda meio desanimada, peguei o secador e quando estava secando o cabelo, chegaram: tio Fausto, minha prima Fátima e o Vinícius, filho dela.



Neste dia tão chato, eu que ainda estava um pouco cansada porque queria ter dormido mais durante a noite, fui contagiada por um ânimo enorme por ter recebido visita de pessoas que gosto tanto e que me fazem tão bem!

Tomei mais café com leite e comi uma fatia de pão de forma que deixei esquentar um pouco na chapa, com margarina. Comi pedacinhos bem pequenos de cada vez, enquanto conversava com a minha prima. É incrível como comer uma coisa tão besta e cotidiana me fez um bem enorme. Parece que, por um instante, eu voltei um pouco para o mundo normal.

No horário do almoço, tomei sopa e 1 copo de shake.

Minha mãe está caprichando, como sempre, no menu. Sempre faz uma sopa diferente, fresquinha, a cada refeição.

À tarde, eu e a Fátima fomos até a casa da Patrícia e também foi muito bom ver a Prega, o Arthur e o Igor.

Acho que o item que não pode faltar em uma recuperação desse tipo é: ver as pessoas que amamos.
Faz toda a diferença! Parece que tudo fica mais claro, a fé volta junto com a vontade de se recuperar logo e poder retomar o convívio com a família e amigos.

Foi uma visita rápida, como tinha que ser. Mas,  encheu o meu pote de força!

Gostaria de ter visto muitos outros amigos durante esses dias, mas estou longe demais da maioria deles e não posso estender muito o papo porque é melhor evitar rir escandalosamente como costumo fazer abrindo a boca toda quando os vejo. E não seria justo eles gastarem 2 horas de viagem para nos vermos por apenas 5 ou 10 minutos. Morro de saudades deles, mas é seguro esperar mais um pouco.

Já em casa, antes de a Fátima ir embora, ela me orientou em relação à posição na cama, respeitando as posições que não posso e tentando ficar de uma maneira que não possibilite que eu engasgue ou que babe em mim mesma, enquanto durmo.

À noite, fui buscar a Ana Cristina (minha sobrinha) no metro com o meu padrasto.
Ela contou como foi o passeio no Wet'n Wild, aniversário do Felipe.
Em casa, sequei o cabelo dela depois do banho e fomos deitar.

Eu tinha que esperar o horário do antibiótico da meia-noite, então comecei assistir ao filme Deja Vu.

Sábado - Noite do Terror sem Playcenter

Não consegui dormir. Foi uma noite horrível!

Eu estava extremamente cansada, com sono, mas tentei todas as posições que posso dormir, fiquei quietinha bastante tempo e nada de conseguir pregar o olho. Aí, a irritação foi chegando, comecei pensar na possibilidade de não ter de volta os movimentos do rost e nem a minha identidade novamente.

Tentei segurar para não chorar, mas não deu.
E parece que a porta do desespero é igual a comporta de hidrelétrica, uma vez que se abre, é difícil conter
a força dessas águas.

Já tinha perdido a conta de quantas vezes eu tinha levantado aquela noite, quando levantei de novo e fui chorar no banheiro. Não era dor, era desespero.

Tentei me acalmar para não acordar ninguém, fiz todo o procedimento de higienização do nariz, bebi água e voltei para a cama. Eu repeti isso mais umas 5 vezes, até que já era mais de 5 da manhã quando decidir tomar o antibiótico meia hora antes do horário certo, que seria às 6hs para tentar dormir e não precisar
levantar de novo para tomar o remédio.

Finalmente, consegui dormir até às 8hs, quando acordei exausta e com os olhos inchados.

Tomei banho, lavei o cabelo, sequei com o secador e passei o dia na cama, sentada.





Foi um dia triste e sem fé.

Eu só quero conseguir dormir à noite, mais nada.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

18/11 - Sexta-feira

Muita dor!

Minha mãe trouxe o antibiótico das 6hs na cama e depois só levantei depois que ela veio me chamar, por volta das 9hs. Sem força, sem ânimo, sem apetite, mas com dor, muita.

Tomei café com leite, tomei a Nimesulida e nem comi a gelatina, não tenho força.

Higienizei nariz e boca e deitei mais um pouco.

Um pouco mais tarde, fui tomar banho, lavei o cabelo e sequei com secador. Demorei um tempão porque hoje a força não veio mesmo.



Do nariz, escorre agora só um líquido amarelado, mas não preciso mais ficar com o curativo.
Consegui abrir um pouco mais a boca, o que está facilitando a higienização.

Preparei o shake e comi gelatina e iogurte.

Almocei bem e comi 2 gelatinas.

Passei o dia na cama, incomodada e desconfortável com esse jeito sentado de dormir.

À tarde, tomei sopa com um pouco de molho de tomate (improviso!) e isso deu um ânimo. Comi mais gelatina.

Depois da sopa da noite, comi cremogema...huuuuummmmmm!

E, para finalizar, um Toddynho.

Chega, né? Comi bastante hoje.

Há pouco, o Le ligou para saber como está a recuperação e disse que tudo o que estou passando está dentro do esperado. Pediu para fazer uns exercícios faciais para não atrofiar os músculos que não foram envolvidos na cirurgia e para tentar, aos poucos, ir abrindo mais a boca.

Estou exausta! Só esperando dar meia-noite para tomar o antibiótico e capotar.

Boa noite!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

17/11 - Quinta-Feira

Acordei meio tonta!

Fui ao banheiro sozinha, mas não deveria porque senti que precisava de ajuda a hora em que levantei da cama.

Fiquei um tempo lá, o nariz ainda sangrava, mas agora aquele líquido mais aquoso e depois de um tempo consegui voltar.

Hoje, estou me sentindo mais fraca. Talvez já seja reflexo da dieta líquida, pouco calórica ou talvez seja porque fiz uma cirurgia monstruosa, mega traumática, onde muito sangue se foi. É mesmo, acabo de me lembrar, foi isso o que aconteceu!

Ainda nem era 6 da manhã, mas meu corpo já pedia movimento. Higienizei o nariz com Afrin, soro e com a ajuda de um cotonete e bastante cuidado, consegui tirar coágulos de sangue, isso intensificou a saída do líquido e fiquei bastante tempo até parar de sair, deu bastante tontura. Fiz um curativo "bigode", higienizei tudo e fui tomar café.

Um café com leite no canudo saaaaaiiiiindoooooo! Huuuummmm...delícia! Ainda bem que não tenho que abrir mão disso também.

Estou me sentindo tão fraca que não consegui beber nada além do café. Tomei o antibiótico das 6hs e voltei para a cama.

Quando levantei novamente, ainda estava fraca. Preparei um copo de shake e fui tomar um banho.

Normalmente, lavo os cabelos sempre que tomo banho, mas hoje me faltou coragem. Coloquei uma touca e não molhei nenhum fio.

O ritual da higienização virou um costume já, porque tenho que fazê-lo o tempo todo e passar álcool em tudo logo após, só espero não ficar com TOC depois dessa fase.

Tomei a Nimesulida, higienizei o nariz, rosto e boca tomei um iogurte e higienizei tudo novamente.

Hoje, consegui sentir uma parte de trás da minha cabeça que eu não sentia e também percebi que estava sentindo a ponta do nariz quando um fio de cabelo causou uma coceira. Aos poucos, vou sentindo meu corpo de novo. Mas, ainda não sinto nada da boca. Passo pomada logo após higienizar, olho algumas partes que consigo ver, como a pontinha do dente da arcada inferior, mas não vejo muito além disso, escovo os dentes seguindo a arcada, mas não consigo vê-los porque o inchaço da boca ainda é muito grande.

Na hora do almoço, me surpreendi. A quantidade de sopa que era para almoço e jantar foi devorada às 12hs, logo após a outra dose de antibiótico. Realmente, o sal dá um ânimo a mais, me senti outra pessoa depois do almoço.

A Ana chegou da escola e me fez rir, mais de uma vez. O pior é que eu não sei onde fica o botão que desliga a risada, tenho medo de me machucar com isso, mas tem hora que não aguento.

Sequei o cabelo da Ana com o secador, depois passei prancha e ela ficou linda. Vai ser a primeira consulta dela com a nova psicóloga.

Ainda não fiz a minha caminhada de hoje, apenas dentro de casa. Assim que eu me sentir melhor, preciso andar. Vou esperar a Ana voltar da consulta e dou um volta com ela mais tarde.

Dormi um pouco e acordei com alguém chamando no portão. Meu irmão foi ver o que era e me trouxe essas lindas flores: presente da Renata!


A  D  O  R  E  I

À tarde, comi gelatina, tomei suco de pessego (quem diria?) e café com leite.

Agora, já me irritei com o fato de não poder comer as coisas. Hoje, morri de vontade de comer biscoito Maisena. Até dilui um no café com leite para matar a vontade, mas dá muito trabalho ficar esperando o biscoito amolecer rsrs

À noite, tomei bastante sopa e comecei a sentir uma parte do rosto de novo. O problema é que junto com isso, passei a sentir dor também. É uma pressão enorme, como se eu estivesse 5kg pendurados nos meus lábios, não é uma dor que passa com remédio. Mesmo assim, tomei o Lisador.

Foi a pior noite de todos os tempos

16/11 - Quarta-Feira

Amanhecer em casa... ai ai

Levantei diversas vezes à noite, para tomar o remédio e trocar o curativo do nariz, mas dormi bem.

Tomei um delicioso café com leite, gelatina e shake.

Hoje, achei meu pescoço mais inchado, deu uma leve preocupação porque não tinha percebido se ele estava assim ontem, acho que não. Minha mãe ligou para o Le e ele disse que é normal, que pode inchar até o colo, então, relaxei.

Tomei banho, lavei o cabelo e usei o secador. Estou super disposta e essas coisas servem para me distrair, gastar um tempo cuidando de mim, sabe? Apesar de estar horrível, por mais que me trate kkkkk, estou em uma fase que não tem jeito, olho para o espelho e tem um monstrinho lá.

No almoço, tinha uma sopa deliciosa preparada pela mamis.

Hoje é aniversário do tio Ari. Mandei uma mensagem a ele. Ano passado estávamos lá! Eu e minhas 5 velhinhas! Foi uma viagem maravilhosa.

O nariz parou de sangrar aquele sangue vivo. Agora, até dá para ficar sem o curativo em algumas partes do dia. Mas, quando levanto, sempre sangra, só que agora é um liquido mais aquoso.

Tenho usado bastante o umidificador de ar, ajuda muito! E evita que o sangue fique seco dentro do nariz.

Tomei sopa e shake à noite.

Mais um dia!

15/11 - Terça-Feira

Acordei com vontade de tomar um bom banho!

Não sabia como poderia fazer isso com o soro, mas foi menos complicado do que parecia.

No café da manhã, veio água quente para prepararmos café com leite com um sache que veio com pó.
Na hora de abrir, caiu boa parte no meu braço e rimos muito, eu e minha mãe.
Comi gelatina, tomei Toddynho, 1 iogurte e bebi 2 copos de água.

O banho foi tranquilo, lavei o cabelo e até consegui usar a prancha.
A enfermeira disse que estava me sacando. Que eu queria ficar com uma aparência boa para o médico me liberar logo. Ela disse que dificilmente ve o paciente tomando banho um dia depois dessa cirurgia. Ela acha que estou me recuperando bem.

Após a higienização da boca e nariz, fui dar uma volta no corredor com a minha mãe. É muito importante se exercitar porque a cirurgia foi na boca, apenas. O corpo não pode entender que estarei estática agora, ele precisa de movimento.

Respondi a dezenas de sms's. Devagar. Sem pressa.

O nariz sangra o tempo todo. Um sangue vivo, bem vermelho mesmo!
Fui fazer a higiene e tirei bastante sangue seco, o que ocasionou mais sangramento. A enfermeira fez um curativo "bigode" para que o sangue não fique escorrendo o tempo todo.

O Le tinha falado que me daria alta se eu tomasse 1,5L de água. Procurei me alimentar bem e tomar bastante líquido.

No almoço, veio uma sopa muito boa! Comi 2 gelatinas e tomei Gatorade que a tia Cleusa trouxe.

O Le chegou e disse que eu teria alta!

Uhúúúúúúúúú

Ele tirou o ponto do nariz e o tubo que tinha mais de 10cm, do nariz até a garganta. Isso também o ocasionou mais sangramento, mas agora, com o curativo, está mais fácil administrar. Eu deixo sangrar um pouco e depois eu mesma faço outro curativo. O Le falou que, hoje, estou com o olhar mais preocupado, que eu estava mais tranquila ontem.

De fato, fico preocupada em ir para casa. Aqui, no hospital, tomo a medicação de forma adequada, chamo alguém se precisar fazer um curativo ou se tenho alguma dúvida. Me alimento de forma adequada e estou amparada em tudo o que precisar. Já em casa, tenho medo de esquecer de tomar algum remédio, de sentir dor (que até o momento não senti nada de dor), tenho medo de o nariz começar a sangrar muito e eu não saber o que fazer, enfim, ele está certo. Estou preocupada em ir para casa.

Me troquei para irmos embora, fui assinar a minha alta e o Fábio veio nos buscar.

Passamos na farmácia para pegar o antibiótico, gazes e cotonete. E passamos em casa para a minha mãe pegar a minha malinha e o umidificador de ar.

Cheguei em casa, tudo estava pronto para me receber e fui descansar.

Mais tarde, tomei um pouco de Gatorade, comi gelatina e experimentei a sopa que minha mãe havia feito. Huuuuuuuuuummmmmmm...muito boa!

O nariz ainda sangra muito.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

14/11 - O grande dia chegou!

Não consegui apagar, apenas cochilei um pouco e antes de o celular despertar, levantei.

É hoje, o grande dia chegou!

Dei entrada no hospital um pouco depois das 6hs. Estava no quarto às 7hs e pouco, falei com o Dr. Leandro por telefone, arrumei minhas coisas no quarto, quando me pediram para colocar a roupinha verde rsrs.


Fui até o banheiro, usei o Periogard e o rapaz já me esperava com a maca para levar até o centro cirúrgico.

Antes de sair, a enfermeira aplicou o dermonid para que eu pudesse relaxar um pouco antes da cirurgia e eu tive uma crise de riso kkkkkkkkk o rapaz da maca achou graça, disse que o remédio era para relaxar, dormir, e não para disparar risada.

Cheguei no centro cirúrgico, vi o Dr. Claudio e a equipe e já não lembro de mais nada.

Tenho uma vaga lembrança do Dr. Claudio me dando tchau no final e depois eu já estava no quarto. Saí da maca para a cama com tranquilidade.

Descansei um pouco, tomei sopa, comi gelatina, tomei suco e água.
Para a minha surpresa, a boca/dentes não estavam amarrados. Então, pude tomar sopa com colher, e beber líquido com canudo, apesar de não ter força logo de primeira. Pouco tempo de tentativa, e já estava dando tudo certo!

À noite, o Le foi me ver e andamos um pouco pelo hospital.


Ainda estava com um tubo no nariz e o Le deixou para tirar amanhã. Passei bem a noite e ainda não deu desespero para ir embora do hospital.

Graças de Deus, deu tudo certo hoje!




13/11 - Domingo

No sábado, fui até a Augusta para ver, em especial, 2 cabeçudos aniversariantes: Lelis (dia 12) e Leo (dia 14).
Como já estou sob efeito de medicação preparatória para cirurgia e não posso me desgastar desnecessariamente, fiquei até 1 e pouco da manhã e fui para casa, descansar.

De manhã, por volta das 7hs, despertei, mas resolvi dormir um pouco mais, afinal, esse é o último dia que tenho para dormir até a hora que eu quiser. Amanhã será o dia da cirurgia, terei que estar no hospital às 6hs e daí para frente, virá uma sequencia de dias cheios de regras, até para dormir terei uma posição específica e por isso, hoje, vou curtir a minha cama mais um pouco.

Levantei, comi pão caseiro que tinha trazido da casa da minha mãe no sábado, fiz um cafézinho e fui arrumar o quarto e a mala para o hospital.

Ouvi música, cantei, toquei violão e fiquei tentando imaginar o que mais eu ficaria sem depois da cirurgia e que poderia aproveitar hoje para fazer. Passei o dia pensando se faria a minha despedida gastronômica em um restaurante árabe ou japa. Oh! Dúvida cruel!.

Fui tomar injeção, decadron, e comprei o umidificador de ar.

Na hora de sair de casa, caiu uma chuva horrenda e vi que o jantar de despedida, tão esperado o dia todo, tinha grande chance de não acontecer. Bateu um desespero!
Mas, resolvi esperar um pouco para ver se a chuva passaria.

Ainda garoava, quando resolvi sair de casa e ir até a Odonto para  levar alguns documentos importantes e deixar alguns assuntos encaminhados. Saindo do escritório, fui até o shopping e decidi pela comida japonesa para fazer a despedida. Foi uma bela escolha!

Fui para casa, tomei banho e quando entrei no quarto vi que havia chamada perdida no celular. Eram 8 ligações da tia Cleusa tentando falar comigo. E para a minha surpresa, minha mãe e + 3 tias estavam na portaria do prédio: vieram trazer a minha mãe e me desejar boa sorte na cirurgia.

Meu dia que havia sido desesperador até ali, cheio de questionamento, de dúvida, pavor em pensar o que me esperava naquela cirurgia e no pós-operatório, estava terminando da forma mais doce possível, com pessoas que realmente fazem a diferença. Faltou só a tia Miriam.

Ficamos juntos um tempo lá embaixo, com o Fábio, primo que trouxe as minhas meninas e depois subimos: eu, mama e tia Cleusa.

Enquanto as moçoilas se ajeitavam no quarto, eu, que já estava em jejum, fiquei no netbook preparando um e-mail com todas as pendências de trabalho, já que vou ficar muitos dias afastada.

Terminei o e-mail às 01:30hs, quando fui para a cama para acordar às 04:30hs.

Claro que não consegui me entregar ao sono, poucas horas antes de um momento esperado há mais de 10 anos. Minha mãe e minha tia também não conseguiram dormir bem

Um novo desafio!

Passei um bom tempo sem escrever. Primeiro por ter ficado sem acesso à internet, devido um vírus no notebook e depois acabei perdendo o histórico e desanimando para resgatar tudo.

Nesse período sem escrever no blog, mantive a corrida semanal por um bom tempo, mas no último mês e meio não pratiquei mais. Dei uma certa relaxada na dieta por saber que teria pela frente uma cirurgia com recuperação à base de uma dieta líquida, por mais de um mês.

Daqui para frente, relatarei a minha recuperação desta cirurgia, chamada ortognática.

Let's go!